sábado, 1 de junho de 2013

ENTREVISTA COM A DISCENTE LAÍS ANDRADE



Graduanda do curso Licenciatura em Química (2009.2) Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - CFP/ UFRB, , bolsista do PET - Educação e Sustentabilidade, voluntária do PIBID Participou como membro discente da Comissão Própria de Avaliação - CPA/UFRB. 




1_ Como surgiu à proposta da oficina de sabão, quais experiências foram adquiridas a partir desse projeto?
A proposta da Oficina de Produção de Sabão já existia em nosso subprojeto de Química; o grupo responsável pela mesma (na época – 2010 - eram Eu, Valdirene, Ana Paula e Rafaelly) pesquisou adaptou e criou uma nova metodologia para a produção de sabão a partir de óleo residual de fritura.
Várias foram às experiências, mesmo porque estávamos iniciando o curso de Lic. em Química e mal sabíamos utilizar o laboratório e reagentes no geral. Nesse sentido, o momento foi propicio para o amadurecimento, autoconfiança e crescimento acadêmico. E também o grupo tinha a “missão” de guiar uma estudante do Ensino Médio e inseri-la dentro do contexto em que estávamos trabalhando.

2_Qual a importância de fazer sabão ecológico?
O nosso sabão é feito a partir do óleo residual de fritura, ao resgatar algo (óleo) que seria descartado em nosso planeta nós contribuímos significamente com o meio ambiente e principalmente com a nossa saúde, pois esse descarte incorreto pode acarretar: entupimento de pias e tubos, poluição de lençóis freáticos, rios e lagos, além de impermeabilização do solo etc. Por isso, como parte introdutória da nossa oficina sempre tentamos abordar a Química e o Meio Ambiente e consequentemente, conscientizá-los sobre a importância de se reutilizar este material.

3_ Como uma das fundadoras do projeto, qual a sensação de ver a surpresa dos participantes das oficinas em poder produzir um sabão em tão pouco tempo?
A sensação é maravilhosa e única.
Fico surpresa e encantada em cada nova realização da oficina.  E como o público foi de ambientes escolares diferentes, a motivação e o interesse de cada é diversificado, mas uma coisa foi comum em todas – a solicitação do nosso retorno para realizar novamente a oficina, tanto por parte dos alunos como dos professores. E ao saber que podem levar para casa a alegria é contagiante, pois querem mostrar aos pais o que produziram e assim disseminam e conscientizam sobre a transformação do óleo em sabão.

4_Você acha que esta experiência foi importante para sua formação acadêmica?
Claro, sem dúvida alguma. A oficina me proporcionou a inserção no ambiente escolar mesmo antes das atividades práticas da graduação. E, principalmente, perder o medo de enfrentar e conhecer a realidade em que está imersa a comunidade onde se vai atuar, tanto para o desenvolvimento de um projeto, quanto para nossa futura profissão de educador o que é essencial para a formação inicial dos estudantes de licenciatura.

5_Qual foi a sensação ao aplicar esta oficina pela primeira vez?
A sensação não foi muito boa, estávamos todos temerosos e ansiosos. A oficina acabou não dando certo. No início utilizávamos uma metodologia já conhecida e o nosso rendimento não era bom, depois desse dia decidimos que iriamos aperfeiçoar e criar a nossa própria metodologia. Passamos um (01) mês no laboratório e testamos dezesseis (16) metodologias até que chegamos naquela em que considerávamos rápida, prática, de baixo custo e com materiais do cotidiano. E, assim, a realizamos na Reunião Anual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia (2011) com o público do Ensino Superior e a sensação foi de dever cumprido e 100% de rendimento, tanto na produção do sabão quanto em nossa formação acadêmica.

Desde então, a oficina de produção de sabão é uma das mais solicitadas nas escolas participantes do programa e demais projetos do CFP/UFRB.

Nenhum comentário:

Postar um comentário