Graduanda
do curso Licenciatura em Química (2009.2) Centro de Formação de
Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - CFP/ UFRB, ,
bolsista do PET - Educação e Sustentabilidade, voluntária do PIBID Participou
como membro discente da Comissão Própria de Avaliação - CPA/UFRB.
1_ Como surgiu à proposta da oficina
de sabão, quais experiências foram adquiridas a partir desse projeto?
A proposta da
Oficina de Produção de Sabão já existia em nosso subprojeto de Química; o grupo
responsável pela mesma (na época – 2010 - eram Eu, Valdirene, Ana Paula e
Rafaelly) pesquisou adaptou e criou uma nova metodologia para a produção de
sabão a partir de óleo residual de fritura.
Várias foram às
experiências, mesmo porque estávamos iniciando o curso de Lic. em Química e mal
sabíamos utilizar o laboratório e reagentes no geral. Nesse sentido, o momento
foi propicio para o amadurecimento, autoconfiança e crescimento acadêmico. E também
o grupo tinha a “missão” de guiar uma estudante do Ensino Médio e inseri-la
dentro do contexto em que estávamos trabalhando.
2_Qual
a importância de fazer sabão ecológico?
O nosso sabão é feito a partir do óleo
residual de fritura, ao resgatar algo (óleo) que seria descartado em nosso
planeta nós contribuímos significamente com o meio ambiente e principalmente
com a nossa saúde, pois esse descarte incorreto pode acarretar: entupimento de pias
e tubos, poluição de lençóis freáticos, rios e lagos, além de impermeabilização
do solo etc. Por isso, como parte introdutória
da nossa oficina sempre tentamos abordar a Química e o Meio Ambiente e consequentemente,
conscientizá-los sobre a importância de se reutilizar este material.
3_
Como uma das fundadoras do projeto, qual a sensação de ver a surpresa dos
participantes das oficinas em poder produzir um sabão em tão pouco tempo?
A sensação é maravilhosa e única.
Fico surpresa e encantada em cada nova
realização da oficina. E como o público
foi de ambientes escolares diferentes, a motivação e o interesse de cada é
diversificado, mas uma coisa foi comum em todas – a solicitação do nosso
retorno para realizar novamente a oficina, tanto por parte dos alunos como dos
professores. E ao saber que podem levar para casa a alegria é contagiante, pois
querem mostrar aos pais o que produziram e assim disseminam e conscientizam
sobre a transformação do óleo em sabão.
4_Você
acha que esta experiência foi importante para sua formação acadêmica?
Claro, sem dúvida alguma. A oficina me
proporcionou a inserção no ambiente escolar mesmo antes das atividades práticas
da graduação. E, principalmente, perder o medo de enfrentar e conhecer a
realidade em que está imersa a comunidade onde se vai atuar, tanto para o
desenvolvimento de um projeto, quanto para nossa futura profissão de educador o
que é essencial para a formação inicial dos estudantes de licenciatura.
5_Qual
foi a sensação ao aplicar esta oficina pela primeira vez?
A
sensação não foi muito boa, estávamos todos temerosos e ansiosos. A oficina
acabou não dando certo. No início utilizávamos uma metodologia já conhecida e o
nosso rendimento não era bom, depois desse dia decidimos que iriamos
aperfeiçoar e criar a nossa própria metodologia. Passamos um (01) mês no
laboratório e testamos dezesseis (16) metodologias até que chegamos naquela em
que considerávamos rápida, prática, de baixo custo e com materiais do
cotidiano. E, assim, a realizamos na Reunião Anual de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Cultura no Recôncavo da Bahia (2011) com o público do Ensino
Superior e a sensação foi de dever cumprido e 100% de rendimento, tanto na
produção do sabão quanto em nossa formação acadêmica.
Desde então, a
oficina de produção de sabão é uma das mais solicitadas nas escolas
participantes do programa e demais projetos do CFP/UFRB.
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